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11/10/2015 – Microfranquia, uma opção ao desemprego (11/10/2015)

Setor cresceu 14,7% em 2014, segundo dados da Associação Brasileira de Franchising, e deve continuar em alta

Pedro Maximino - Diario de Pernambuco

Josenaldo Silva fez as contas e percebeu que abrir um escritório próprio iria exigir um investimento inicial muito maior (Nando Chiappetta/DP/D.A. Press)  
Josenaldo Silva fez as contas e percebeu que abrir um escritório próprio iria exigir um investimento inicial muito maior

Manter um emprego no Brasil está ficando cada vez mais difícil. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego do país fechou o primeiro trimestre de 2015 em 7,9%, a maior em dois anos. Quem perdeu o emprego tem a chance de empreender com microfranquias. O setor cresceu 14,7% em 2014 de acordo com a Associação Brasileira de Franchising (ABF) e deve manter o ritmo este ano.

As microfranquias são uma alternativa para quem quer começar o próprio negócio sem investir muito. "São investimentos de até R$ 80 mil, e muitas delas não precisam de uma estrutura física arrojada para funcionar%u201D, explica Leonardo Lamartine, diretor regional da ABF para o Nordeste. %u201CA franquia pode funcionar num quiosque, por exemplo, ou a partir da própria casa do franqueado".

O modelo de trabalho em casa, chamado de home office ou home based, está ganhando muito espaço no meio das microfranquias. De acordo com Lamartine, o modelo de trabalho home office "é uma demanda que vem crescendo em vários lugares do mundo, aliada a uma busca por melhor qualidade de vida e aproximação da família".

A possibilidade de administrar um negócio da própria casa diminui ainda mais os custos, pois o empreendedor já tem boa parte da estrutura necessária pronta. Foi esse o modelo de trabalho adotado por Josenaldo Silva, franqueado da corretora de seguros Seguralta. "Eu fiz as contas e percebi que abrir um escritório próprio iria exigir um investimento inicial muito maior", conta o empreendedor. "Eu teria que arcar com custo fixo de aluguel, um capital de giro maior e funcionários. Como estou começando agora, acredito que o home office é o melhor modelo".

O investimento inicial de Silva foi de R$ 35 mil, valor que inclui a taxa de franquia, a documentação necessária e materiais para o escritório em casa. Ele, que trabalhou por dez anos com suprimentos industriais, viu a oportunidade quando saiu do último emprego que teve.

É bom observar que trabalhar como microfranqueado exige uma atenção grande do empreendedor, pois na maior parte dos casos ele trabalha sozinho, sem funcionários. "O investimento é menor, mas o esforço para que o negócio dê certo é grande", afirma Vitor Abreu, analista de orientação empresarial do Sebrae-PE.

Parte desse esforço deve ir para o contato com o franqueador e também com outros franqueados. "É normal ter dúvidas quando se vai trabalhar com negócio próprio. No caso da franquia, existe a vantagem do suporte fornecido pelo franqueador", explica Abreu. Segundo ele, quanto mais comunicação houver, melhor. "É através do diálogo que o empreendedor vai descobrir as características da atividade, assim como se aquela franquia específica é adequada para ele".

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