Capacitar servidores selecionados para opção pelo teletrabalho no TJMG. Esse foi o objetivo do 5º Curso Preparatório para Participação no Projeto de Teletrabalho que aconteceu em 6 e 7 de novembro na Escola Judicial Desembargador Edésio Fernandes (Ejef). Com carga horária de 12 horas/aula, o curso teve a participação de gestores e apresentou ferramentas conceituais e práticas do trabalho remoto. Ao final, o servidor, se aceitar as condições apresentadas, assina um termo de adesão ao teletrabalho.

Participaram do curso 13 servidores das Comarcas de Carmo do Paranaíba, Patrocínio e Unaí e respectivos gestores. Dois deles deverão atuar no exterior. Esses novos teletrabalhadores estarão vinculados a uma nova unidade administrativa da capital e outras 12 unidades judiciárias – sendo seis na capital e seis no interior (Comarcas de Carmo do Paranaíba, Patrocínio e Unaí, que atuam com o Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU), e Pouso Alegre, Contagem e Uberlândia, que atuam com o Processo judicial eletrônico (PJe).

A seleção dos teletrabalhadores para o projeto-piloto é feita por indicação dos gestores das varas selecionadas, com base em seus perfis profissionais. O curso de formação, realizado pela Ejef, abrange informações sobre administração do tempo, orientações sobre ergonomia, estruturação jurídica, entre outros tópicos.

Atualmente, 41 unidades estão inseridas no teletrabalho. Os teletrabalhadores atuam na área judicial da Primeira Instância, sendo um no SEEU, 17 no Projudi (Juizados Especiais da capital) e 31 no PJe (Justiça comum cível), dos quais quatro estão no exterior e seis em outros estados.

Uma servidora que participou do curso, reside no exterior e está apta a atuar no teletrabalho é Fernanda Rodrigues Santos. No TJMG desde 2006, ela obteve licença para acompanhar o cônjuge diante da transferência dele, primeiro para São José dos Campos e posteriormente para a embaixada do Brasil na Itália.

“Um dia, lendo as notícias no site do TJMG, me deparei com a história da servidora Patrícia Perrelli Doraciotto, da 4ª Vara Cível da Comarca de Santa Luzia. Então surgiu a ideia de participar do projeto. Entrei em contato com o juiz auxiliar da Presidência, Antônio Carlos Parreira, coordenador do projeto no Tribunal de Justiça, que prontamente deu início ao meu processo.”

Fernanda Rodrigues disse que sempre gostou de trabalhar e confessou que ficar afastada de suas funções nunca a agradou. “O teletrabalho permitiu que eu voltasse a exercer as minhas atividades e ao mesmo tempo estar junto da minha família. A expectativa é grande, e acredito que, juntamente com toda a equipe de teletrabalhadores possamos contribuir para melhoria da qualidade e da eficiência na prestação jurisdicional.”

Ela irá atuar remotamente na Central de Cumprimentos de Sentenças das Varas Cíveis (Centrase Cível).

Abertura

Na abertura do curso, o 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Wagner Wilson, comentou que o trabalho remoto trouxe inúmeros benefícios à rotina interna do Tribunal, entre elas a racionalização das atividades e a eficiência no resultado.

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O juiz auxiliar da Presidência Antônio Carlos Parreira comentou que o trabalho remoto aumentou a produtividade do TJMG

O juiz auxiliar da Presidência Antônio Carlos Parreira comentou que o trabalho remoto aumentou a produtividade do TJMG. Segundo o magistrado, que é coordenador do projeto experimental do teletrabalho no Tribunal, um dos principais atrativos dessa opção é o ganho na qualidade de vida do servidor. “Ele trabalha feliz, pois tem mais tempo de convivência com a família, redução de custos com deslocamento, vestuário e alimentação. Ganha também quem tem uma resposta mais rápida à demanda apresentada.”

O juiz registra ainda que a maioria dos teletrabalhadores tem alcançado metas de produtividade superiores aos 20% a mais exigidos pela regulamentação do CNJ. “Temos casos de servidores entre 50% e 60% de rendimento a mais em alguns meses”, disse.

Assessoria de Comunicação Institucional – Ascom

Tribunal de Justiça de Minas Gerais – TJMG